segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SÃO BENTO - GABARITO DA PROVA



1. Leia o texto:
“21 de janeiro de 1822 – Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como seleiros e armazéns, de secos e molhados; mas, em geral, os ingleses aqui vendem as suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. Quanto a alfaiates, penso que há mais ingleses do que franceses, mas poucos de uns e outros. Há padarias de ambas as nações (...). As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, (...), mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil, além de sedas, crepes e outros artigos da China. Mas qualquer cousa comprada a retalho numa loja inglesa ou francesa é, geralmente falando, muito cara.” (GRAHAM, Maria. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo: Edusp, 1990).
O texto acima, de Maria Graham, uma inglesa que esteve no Brasil em 1821, remete-nos a um contexto que engloba
a) os efeitos da abertura dos portos e dos tratados de 1810.
b) o processo de globalização da economia no Brasil.
c) as reformas econômicas do Marquês de Pombal.
d) a suspensão do Tratado de Methuen, com a ampliação da influência inglesa no Brasil.
e) os efeitos da mineração, que contribuíram para interligar as várias regiões do Brasil ao Exterior.

2. Assinale a alternativa que define o papel da “abertura dos portos” no processo de descolonização.
a) A abertura dos portos às nações amigas anulou a política mercantilista desenvolvida por Portugal, junto à sua antiga colônia na América, tornando-a de imediato independente.
b) As novas condições criadas pela Revolução Industrial na Inglaterra e, conseqüentemente, o controle que este país exercia sobre o comércio internacional e os transportes marítimos não permitiam a Portugal, seu antigo aliado, exercer o pacto colonial.
c) A política de portos abertos na América era muito importante para as colônias e negativa para as metrópoles.
d) A abertura dos portos possibilitou ao BRASIL negociar livremente com todas as nações, inclusive com a França.
e) Através da abertura dos portos, o BRASIL pôde definir uma política protecionista de comércio à sua nascente indústria naval.
3. A dissolução da Constituinte de 1823, provocou em Pernambuco, grande foco do liberalismo, aspirações de autonomia. Tal posição baseava-se em uma tradição guerreira e revolucionária que vinha do século XVII e havia sido mantida pela Guerra dos Mascates e pela Revolução de 1817.
Na revolução, que ora eclodia, um de seus líderes foi fuzilado. Os nomes da revolução e do líder são:
a) Revolução Praieira, Beckman;
b) Balaiada, Pedro Dias Pais Leme;
c) Confederação do Equador, Frei Caneca;
d) Guerra dos Farrapos, Bento Gonçalves;
e) Guerra dos Emboabas, Manuel Nunes Viana.

4. O anteprojeto que deveria servir de base para a Primeira Constituição do Brasil, em discussão na Assembléia Constituinte em setembro de 1823, tinha como uma de suas características:
a) O espírito liberal de seus artigos, permitindo às camadas populares o direito de elegerem os seus representantes.
b) A tentativa de limitar a influência da aristocracia rural nas decisões políticas.
c) A tentativa de os portugueses, desde que dispusessem de uma determinada renda, exercerem cargos públicos.
d) A limitação ao máximo o poder de Pedro I, com a valorização do poder da representação nacional.
e) A completa eliminação de fatores econômicos na organização do eleitorado brasileiro.

5. A Independência do Brasil não foi um mero projeto pessoal de Pedro I e de uns poucos grandes homens. Esta emancipação política é um dos aspectos da crise do sistema colonial e se relaciona profundamente com as mudanças econômicas em marcha, na Europa, desde o século XVIII. A nossa Independência.
0 0. obedeceu às exigências do processo capitalista que tem como pressuposto a liberdade de troca;
1 1. alterou profundamente a tradicional posição ocupada pelo Brasil no mercado internacional como fornecedor de matérias primas;
2 2. permitiu a continuidade da ordem social baseada no latifúndio e na escravidão;
3 3. teve o apoio das classes dominantes que sentiam necessidade de eliminar o intermediário na compra de produtos manufaturados;
4 4. garantiu a diminuição do trabalho escravo no Brasil, estimulando um dinâmico mercado interno.

6. A Confederação do Equador foi proclamada no dia 2 de julho de 1824, pelo governador Paes de Andrade, eleito pelo povo de Pernambuco. Sobre a Confederação podemos afirmar:
0 0. era um novo Estado inspirado no modelo americano, com dois poderes: Executivo e Legislativo;
1 1. queria reunir as províncias do Brasil sob a forma federalista, com um governo representativo e republicano;
2 2. escolhendo o seu governador, os pernambucanos marcaram o rompimento com o poder central;
3 3. as divergências entre a classe dominante e o poder central foram a única razão do movimento;
4 4. a decisão de abolir o tráfico de escravos no porto do Recife causou profundas divisões no movimento.


GABARITO:
01 – A
02 – B
03 – C
04 – D
05 – VFVVF
06 – VVVFV

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