sexta-feira, 8 de agosto de 2008

CHINA


Nome Oficial: República Popular da China

Capital: Pequim

Idioma: mandarim e dialetos regionais

Religião: ateísmo(74%), crenças populares(20%), budismo(6%) e islamismo(2,4%)

Moeda: iuanÁrea total: 9.536.499km²População: 1,2 bilhão de habitantes

Cidades principais: Xangai, Pequim, Tianjin, Shenyang

50 anos de comunismo
Em 1989 estudantes chineses que exigiam mais liberdadeforam violentamente reprimidos pelo exército. Era o sinalde que a democracia não teria vez na terra de Mao Tsé-tung
Donos de uma tradição cultural milenar, os chineses foram dominados pelas potências européias e pelo Japão até o início do século XX. Em 1910 as coisas começaram a mudar. Nacionalistas liderados por Sun Yat-sen promoveram uma rebelião que derrubou a monarquia aliada aos estrangeiros e estabeleceram a República. No entanto, as divergências e rivalidades entre os chefes regionais influenciados pela herança feudal impediram o surgimento de uma república autônoma e moderna e o país se dividiu mais uma vez. Em 1921 nasceu o Partido Comunista Chinês (PCCh) que imediatamente lançou uma campanha militar contra os chefes regionais chamados de "senhores da guerra". Logo depois, eles aliaram-se ao Kuomitang, partido de cunho nacionalista. Mas em 1927 o líder desse partido, general Chiang-Kai-shek, rompe a aliança e massacra milhares de operários comunistas em Xangai. Inicia aí uma guerra civil que se arrastou por 22 anos. Derrotados no sul do país, os comunistas, liderados por Mao Tsé-tung (foto ao lado), começam a Grande Marcha em direção ao norte. Ali organizam uma República Vermelha, resistindo aos ataques do Kuomitang e, ao mesmo tempo, lutando contra a ocupação japonesa que se fez a partir de 1937. Motivados pelo avanço japonês, o Kuomitang e o Partido Comunista são obrigados a um novo acordo para a expulsão dos invasores. Com a rendição japonesa aos aliados no final da Segunda Guerra Mundial termina a aliança entre os dois partidos e reinicia a guerra civil. Os comunistas recebem ajuda da União Soviética e os nacionalista são auxiliados pelos EUA. No dia 1º de outubro de 1949 os comunistas entram em Pequim e proclamam a República Popular da China. Chiang Kai-shek foge para a Ilha de Formosa (Taiwan) e lá instala a República da China que recebe grande apoio americano. O novo governo chinês implanta uma radical reforma agrária, abole os privilégios feudais, torna a educação obrigatória e cria as bases para uma rápida industrialização. Incialmente os chineses seguem as linhas gerais adotadas pela União Soviética, consideradas adequadas a todos os países socialistas. No início da década de 50 a Revolução Chinesa começa a seguir caminhos próprios justificados pelo fato de a China ser de origem camponesa. Em 1958, Mao Tsé-tung lançou um ambicioso projeto denominado "grande salto para a frente". A intenção era formar um parque industrial amplo e diversificado. Para que se tenha uma idéia do significado do novo plano é interessante realizar uma comparação. O relatório do PC chinês em 1956 afirmava: "Devemos em três qüinqüênios ter constituído, em seus aspectos essenciais, um sistema industrial completo". Menos de dois anos após, afirmava: "Recuperaremos em três anos de duro trabalho todo o atraso da China". No ano de 1961 os projetos de industrialização rápida entraram em colapso e, devido a atritos com a União Soviética, foram retirados do país os técnicos soviéticos. Em 1966 começa um período de grande instabilidade política conhecido como Revolução Cultural. Mao Tsé-tung, frente a progressiva perda de controle sobre o Partido Comunista, estimula principlamente os jovens e o exército contra seus adversários internos. A Revolução Cultural foi ao mesmo tempo um extraordinário esforço de transformação ideológica e uma violenta e gigantesca depuração partidária, mexendo com toda a estrutura política do país durante 10 anos. Com a morte de Chu En-lai (ministro das Relações Exteriores) e de Mao Tse-tung, em 1976, inicia um processo de "desmaoização", em que as idéias e os adeptos da Revolução Cultural foram sendo afastados. Deflagrou-se um grande expurgo nos quadros partidários e do governo. A nova liderança do Partido Comunista pôs em prática um novo plano de reorganização política e econômica da China e aprovou uma nova constituição, um novo plano decenal e um novo hino nacional. O desenvolvimento da economia chinesa se acelerou quando o governo comunista decidiu abri-la às nações capitalista. Esse processo de abertura econômica, porém, não trouxe junto uma abertura política como se verificou na Europa. Em 1989, estudantes chineses que exigiam mais liberdade na Praça da Paz Celestial foram violentamente reprimidos pelo exército vermelho. Era um aviso que os ventos de democracia que sopravam pelo mundo não teriam vez na terra de Mao Tsé-tung.

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