domingo, 13 de julho de 2008

TURISMO







18º FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS




ESPLANADA GUADALAJARA

Dia 17/07 – QUINTA-FEIRA A partir das 21h
Sagração das Etnias Casa de Farinha ,Josildo Sá e Paulo Moura ,Alceu Valença

Dia 18/07 – SEXTA-FEIRA A partir das 21h
Banda Yuppie,Otto ,Zeca Baleiro (RJ) e Pitty (BA)

Dia 19/07 – SÁBADO A partir das 21h
Os Valvulados Junior Barreto e OrtinhoLobão (RJ) e Nação Zumbi

Dia 20/07 – DOMINGO A partir das 21h
Bernardo Alves, Trio Pouca Chinfra, Casuarina (RJ), Beth Carvalho (RJ)

Dia 21/07 – SEGUNDA-FEIRA A partir das 21h
Paulinho Leite e Forró Virado, Fim de Feira ,Gláucio Costa, Maciel Melo


Dia 22/07 – TERÇA-FEIRA A partir das 21h
Banda Quarto Crescente, Adilson Ramos, Reginaldo Rossi, Amado Batista (GO)

Dia 23/07 – QUARTA-FEIRA A partir das 21h
klayton Danata , MawacaSonidos de Santiago (Cuba), Luiz Melodia (RJ)

Dia 24/07 – QUINTA-FEIRAA partir das 21h
Muendas de PernambucoMourinha do ForróHomenagem a Dominguinhos com apresentação da OrquestraSinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música

Dia 25/07 – SEXTA-FEIRA A partir das 21h
Banda Flash, Trio Sotaque e André Rio Orquestra Popular da Bomba do Hemetário, Fernanda Katai

Dia 26/07 – SÁBADO A partir das 22h
Paulinho Groove, Ney Matogrosso (MS), Academia da BerlindaOrquestra Imperial (RJ)
PALCO POP - Parque Euclides Dourado A partir das 21h
Dia 18/07 – SEXTA-FEIRA
Neander,China,Cidadão Instigado

Dia 19/07 – SÁBADO
Gaiamalgama,Sérgio Cassiano,Azabumba

Dia 20/07 – DOMINGO
Pernamuamba,Sangue de Barro, Cascabulho

Dia 21/07 – SEGUNDA-FEIRA
Julia Says,Cinval Coco Grude ,

Dia 22/07 – TERÇA-FEIRA
Instinet Noise,SubversivosCarfax ,Devotos

Dia 23/07 – QUARTA-FEIRA
Coração di Nêgo,Hélio Mattos,Marcelo Santana

Dia 24/07 – QUINTA-FEIRA
Swiane,The Playboys,Volver

Dia 25/07 – SEXTA-FEIRA
Alexandre Revoredo,Dj Big e Banda,Zé Brown

Dia 26/07 – SÁBADO
Rogério e os Cabras,Amps & Lima,Eddie

PALCO INSTRUMENTAL - Parque Ruber Van Der Liden A partir das 18h

Dia 18/07 – SEXTA-FEIRA
Aldejan,Conjunto de Chimes da UFPE,Quarteto Egan

Dia 19/07 – SÁBADO
Roberto Lima,Fossil,Areia Projeto

Dia 20/07 – DOMINGO
Kleber Blues Band,O Quadro,Flávio Guimarães e Sérgio Chocolate

Dia 21/07 – SEGUNDA-FEIRA
Cipraneta Jazz,Marcel Power,Arabiano

Dia 22/07 – TERÇA-FEIRA
Choro Baião e Cia.,Travalíngua,Noise Viola

Dia 23/07 – QUARTA-FEIRA
Estação Brasil,Alex Corezzi,Sagrama

Dia 24/07 – QUINTA-FEIRA
Marcos Cabral,Grupo Ostinato,Gaspar Andrade

Dia 25/07 – SEXTA-FEIRA
Quarteto Fusion,Pianista Eudóxia de Barros,Cacau Santos e Banda

Dia 26/07 – SÁBADO
FarenheiteS,oul Blues,Uptown Band

terça-feira, 8 de julho de 2008

QUESTÃO DE HISTÓRIA DA SEMANA


“Caminhando e cantando
e seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não”
Geraldo Vandré

O ano de 1968 foi bastante rico para a história da juventude de muitos países. Maio de 68. A Primavera de Praga. No Brasil, a canção ‘Para não dizer que não falei das flo­res” era entoada em marchas, passeatas e atos públicos. Ao final do ano, contudo, o tem­po fechou. O regime político também!

Sobre o período 1968-74 NÃO é correto afir­mar:

a) Durante o Governo Médici, a ordem instituci­onal coexiste com a constitucional, tendo o regime militar reduzido os poderes do Con­gresso e tornado indiretas as eleições para governadores em 1970.
b) E assinado o Ato Institucional n0 5, em 13/ 12/68, como resposta direta à não-autoriza­ção, pelo Congresso, para que o Deputado Márcio Moreira Alves fosse processado.
e) Há um crescimento econômico acelerado promovido por um sistema de câmbio flexí­vel e por crescente endividamento externo.
d) Ao final do período 1968-74, tem início o pro­cesso de abertura política, que é consolida­do pelo Governo Geisel com a política de dis­tensão.
e) O modelo econômico adotado permitiu uma excessiva concetração da riqueza e da ren­da e uma crescente perda do poder de com­pra dos salários.

Tecnologia de Pobre


O SURGIMENTO DO ANARQUISMO



Após maio de 68 e a queda do muro de Berlim, o anarquismo ressurgiu no cenário político. Entretanto, existiu uma tendência a resgatar mais alguns elementos do anarquismo do que o anarquismo enquanto corrente revolucionária que apresentava um projeto de sociedade e um conjunto de estratégias e táticas para alcançá-lo. O anarquismo retornou, para muitos, como sendo apenas um comportamento individual e cultural. Por isso, pretendemos, neste texto, resgatar a história do anarquismo classista e militante do séc.XIX, avaliando o que dele nos serve na atual conjuntura e o que consideramos ultrapassado. O anarquismo surgiu na Europa do séc. XIX em um período de ascensão do movimento operário. Podemos demarcar este período como indo da década de 40 à década de 70. Este foi um período de crise econômica do capitalismo europeu que se iniciou com a grande depressão industrial de 1840. A fome e o desemprego pelo continente aterrorizaram ainda mais a vida sofrida da classe trabalhadora. Junto com
a depressão, a Europa apresentava um ambiente de intensa agitação. Insurreições, motins, revoltas, estavam presentes durante todo este período, fazendo com que a revolução estivesse à ordem do dia. O anarquismo, neste contexto, não surgiu como fruto das reflexões individuais de um gênio isolado. Pelo contrário, ele surgiu como uma expressão da organização e luta dos trabalhadores da época. Foi um método criado no bojo da luta proletária que indicava objetivos, estratégias e táticas para a libertação da classe explorada e construção de uma sociedade justa e igualitária.

O primeiro homem a reivindicar para si a definição de anarquista foi o trabalhador francês Joseph Proudhon. Ele reivindicou o termo porque seu método de transformação da sociedade incluía a construção de uma sociedade igualitária e livre que só seria possível com a eliminação do Estado e a construção de uma organização política igualitária, organizada não de cima pra baixo, pela imposição de uma cúpula no poder, mas de baixo pra cima, partindo de cada trabalhador. Este tipo de organização política Proudhon chamou de Federalismo. Entretanto, a estratégia de Proudhon era baseada em uma concepção de transformação gradual da sociedade. Ele tinha esperança no avanço rumo ao socialismo sem uma ruptura insurrecional. Lembremos o que ele mesmo disse em uma carta a Marx: “(...) nós não devemos, de forma alguma, colocar a ação revolucionária como meio de reforma social, porque esse pretendido meio seria simplesmente um apelo à força, ao arbítrio; em suma, uma contradição.”. Assim, Proudhon
discordava de uma estratégia revolucionária insurrecional para a destruição do capitalismo. Preferia uma tática reformista, através da construção de organismos econômicos no interior desta sociedade, que, gradualmente, iriam tomando o lugar do capital. Os proudhonianos ou mutualistas, como também eram chamados, tiveram grande importância no movimento operário do séc. XIX. A maior parte dos fundadores da Associação Internacional dos Trabalhadores pertencia a esta corrente libertária. Entretanto, os mutualistas nunca construíram uma organização política, isto é, uma organização especificamente anarquista. Preferiam, pelo contrário, atuarem somente em associações de trabalhadores e criarem bancos de créditos coletivos que pudessem pouco a pouco substituir a lógica do capitalismo.

Assim, a primeira forma revolucionária e política dos anarquistas surgiu não com os proudhonianos, mas com os coletivistas ou bakuninistas e teve seu formato concreto na criação da Aliança da Democracia Socialista, organização especificamente anarquista que atuava no interior da Associação Internacional dos Trabalhadores.

O objetivo finalista dos coletivistas, em linhas gerais, consistia em alcançar uma sociedade socialista e federalista. Por socialismo entendiam ser necessário a socialização da propriedade, isto é, eliminar a propriedade privada dos meios de produção. Eliminar a idéia de que o mundo devia ser dividido em burguesia (classe que detém os meios de produção, as fábricas, as terras e os instrumentos de trabalho) e proletariado (classe que nada tinham a não ser a sua prole e a força de trabalho que vendia para a burguesia em troca da sobrevivência). Assim, somente tornando coletiva a propriedade das fábricas, das terras e dos instrumentos de trabalho é que o proletário poderia ser livre e ter os meios reais para satisfazerem suas necessidades sem serem explorados. Por federalismo, a Aliança da Democracia Socialista entendia a eliminação do Estado e a construção de uma nova forma de organização da sociedade, uma forma igualitária, vinda de baixo para cima, através da decisão coletiva dos
trabalhadores, sem a imposição de um grupo no poder. Os coletivistas opunham, desta forma, ao Estado o Federalismo. Não se trata de destruir o Estado e esperar que o povo se organize espontaneamente, como muitos pensam que o anarquismo é, mas, destruir o Estado substituindo-o por uma organização proletária, construída desde baixo pelo próprio povo explorado.

Os anarquistas se diferenciavam, assim, dos marxistas que queriam construir uma ditadura do proletariado, que queriam tomar o poder e construir um Estado revolucionário. Bakunin, por exemplo, dizia que se mantivéssemos uma estrutura de Estado na nova sociedade, este Estado “(...) não conseguiria existir um único dia sem ter pelo menos uma classe privilegiada: a burocracia.” Esta classe dominante que se formaria através do Estado escravizaria novamente o proletariado. Desta forma, era preciso acabar com a propriedade privada e com o Estado e construir o socialismo e o Federalismo. Entretanto, como poderíamos chegar até o socialismo federalista? Como chegar a esta sociedade livre e igualitária? Para os coletivistas, o único meio era a revolução social protagonizada pelas massas proletárias (1) e camponesas. Deveriam ser as próprias classes exploradas pelo sistema capitalista, o próprio povo pobre miserável, que deveriam organizados em suas lutas fazer uma revolução e, destruindo a força repressiva da burguesia, construir o socialismo e a liberdade. Seguiam assim o lema da Associação Internacional dos Trabalhadores: “A emancipação dos trabalhadores deve ser obra dos próprios trabalhadores”.. Nenhum partido, nenhuma vanguarda iluminada, ninguém poderia fazer a revolução para o povo. Essa revolução deveria ser violenta, pois a burguesia não abriria mão de suas propriedades de graça, e seria necessário que o povo explorado estivesse organizado e disposto a guerrear contra seus exploradores.

Esta era portanto a estratégia permanente anarquista, fazer uma revolução social protagonizada pelas classes exploradas. Entretanto, como fazer isto se o proletariado estava afundado na ignorância, na incapacidade de compreender o capitalismo, em condições de trabalho miseráveis que lhe impossibilitavam pensar uma sociedade futura? Quais eram as variáveis estratégicas e táticas dos anarquistas para chegarem a uma revolução social protagonizada pelas classes exploradas? Este será um tema do nosso próximo número.



[1] Na Alemanha e na Suíça da época de Bakunin aparecia uma classe operária privilegiada por altos salários. Carregavam, segundo Bakunin, o instinto de propriedade que lhe fazia negar qualquer concepção revolucionária socialista. Ao contrário destes operários qualificados, Bakunin acreditava que a força da revolução estaria nos proletários esfarrapados, isto é, nos operários miseráveis, cujas condições de vida eram as mais baixas possíveis. Eram os proletários esfarrapados que, distantes do instinto de propriedade, carregavam o espírito da revolução. Este foi um conflito entre os anarquistas e os marxistas, que depositavam a sua força no operariado dos países mais modernos.

QUESTÃO DE SOCIOLOGIA DA SEMANA



“Vocês estão horrorizados com a nossa intenção de acabar com a propriedade privada. Mas, na sua sociedade, a propriedade privada já acabou para nove décimos da população. A sua existência para os poucos deve-se simplesmente à sua não-existência para estes nove décimos.”
(Marx e Engels).
O texto citado pertence ao Manifesto Comunista de 1848, que tanta polêmica causou por suas críticas à sociedade capitalista. Em suas críticas, Marx e Engels propunham:
a) o fim imediato do capitalismo, com a introdução da igualdade social; a liberdade democrática; a manutenção das classes sociais hierarquizadas.
b) uma revolução política, com a construção do Estado Socialista, segundo princípios anarquistas de cooperação, entre as classes sociais e a liderança do Partido Comunista.
c) uma reforma do capitalismo, com a diminuição dos poderes da burguesia; a ascensão política da classe operária; a instauração de uma democracia pluripartidária.
d) a destruição do capitalismo; a instalação de uma social-democracia, que descentralizaria o poder político e enfraqueceria o poder da burguesia.
e) uma revolução proletária, que garantisse mudanças radicais na sociedade; a construção de uma sociedade com igualdade econômica e sem a propriedade privada dos meios de produção.